Líder Aviação continua com crescimento em 2024 e fecha o ano com alta de 85% de EBITDA e faturamento de R$ 1,2 bilhão
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Avanços operacionais em todas as unidades ampliaram o faturamento, sem aumentar custos na mesma proporção.
- Faturamento bruto tem 5º ano seguido de crescimento, com aumento de 23% ante 2023.
- EBITDA alcança R$ 246 milhões, 85% superior ao número de 2023.
- Lucro operacional atinge R$ 95 milhões contra um resultado próximo de zero em 2023.
- Investimento de R$ 32 milhões, representado principalmente por customização de aeronaves.
- Endividamento segue baixo, na ordem de R$ 246 milhões de dívida líquida.
Por Sacso Brasil
24/04/2025 14h22 - Atualizado em 24/04/2025 14h25
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Líder Aviação registrou faturamento de R$ 1,2 bilhão em 2024, uma alta de 23% na comparação com o resultado de 2023, e EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 246 milhões, um aumento de 85% em relação ao ano anterior. O resultado é explicado pela evolução operacional das unidades no decorrer do ano e avanços operacionais em todas as unidades de negócios da empresa.
“Em 2024, tivemos a melhora da cadeia de suprimentos. Além disso, evoluímos operacionalmente em todas as unidades de negócio. Foi o primeiro exercício, desde 2019, sem impactos profundos de fatores externos como a pandemia e os conflitos internacionais, cujo gargalo junto aos fabricantes de aeronaves foi equalizado”, explica Junia Hermont, CEO da Líder Aviação.
O lucro operacional atingiu R$ 95 milhões contra um resultado próximo de zero em 2023. O índice de endividamento (dívida líquida dividido pelo EBITDA) reduziu significativamente em 2024, passando de 1,5 em 2023 para 1,0 em 2024. Já o resultado líquido foi impactado significativamente pela variação cambial, com a desvalorização de 28% do real perante o dólar em 2024, e apresentou resultado líquido negativo de R$ 80 milhões.
“Temos ao final de 2024 um cenário positivo, com melhoria dos resultados e redução do endividamento. Foi o 5º ano seguido de crescimento no faturamento, melhora significativa no EBITDA e lucro operacional. Na comparação com 2019, pré-pandemia, nosso faturamento cresceu 160%. No resultado líquido, tivemos um impacto contábil negativo devido à desvalorização de 28% do real frente ao dólar sobre as nossas dívidas que são 100% dolarizadas. A geração de caixa futura também será impactada positivamente com o aumento do dólar, pois parte relevante das receitas são atreladas ao dólar.”, detalha Ronaldo Ronaldo Ribeiro Silva, CFO da Líder Aviação.
Evolução operacional
Em 2024, na unidade de negócios que atende a indústria de óleo e gás com voos de helicópteros para plataformas de petróleo, a evolução se deu principalmente pelo recebimento de peças que estavam pendentes devido aos gargalos da cadeia de suprimentos, e pela chegada do 16º helicóptero Sikorsky S92, que foi incorporado à frota. Com isso, teve início a prestação de serviço de seis contratos que haviam sido conquistados anteriormente.
Em atendimento aeroportuário, unidade que cuida de todo serviço em solo para voos da frota própria da Líder e de terceiros, a novidade foi o início da operação ininterrupta, 24 horas, do alfandegamento internacional dentro da base da empresa no RIOgaleão. Com isso, o FBO se tornou o primeiro do país a oferecer esta comodidade e agilidade para clientes da aviação executiva que estejam em voos internacionais.
Em vendas de aeronaves, o resultado imediato se deu pela intermediação de aeronaves seminovas. Como representante exclusiva no Brasil da Honda Aircraft, a equipe da Líder também progrediu em negócios que vão impactar a unidade nos próximos exercícios, quando ocorrer a entrega de mais unidades do Hondajet Elite II e com a conclusão de negociações das mais de 30 cartas de intenção, já assinadas, do Hondajet Echelon, jato em fase final de desenvolvimento.
Na unidade de manutenção de aeronaves, a Líder realizou a primeira instalação de um sistema Garmin 5000 em uma aeronave feita por uma oficina brasileira. Além disso, obteve a certificação da EASA para manutenção de aeronaves com matrícula europeia, o que ampliou o potencial da área.
Já a operação de fretamento de voos fechou um acordo para incorporar uma aeronave Gulfstream, de alcance transcontinental, à frota.
Expectativa de crescimento em 2025 e nos próximos anos
A projeção para 2025 é positiva e está baseada no aprimoramento das operações, com mais um aumento da disponibilidade da frota, o início do atendimento de seis novos contratos para a indústria de óleo e gás, as operações internacionais do Gulfstream em fretamento, os serviços em solo para grandes eventos e o crescente número de voos internacionais e a ampliação da capacidade de operações com a nova base de Campo de Marte e a expansão da base de Sorocaba, que é dedicada à manutenção de asa fixa.
“A meta para 2025 é alcançar um crescimento de 17% em EBITDA e 22% em Faturamento Bruto, dando continuidade à curva ascendente de 2024. A expectativa é que o exercício atual seja de consolidação deste crescimento financeiro da empresa. O importante é que estamos conseguindo evoluir operacionalmente sem aumentar os custos de maneira relevante, pois já estávamos nos preparando para essa retomada”, afirma Ronaldo.
Para os próximos exercícios, a expectativa também é positiva. Segundo Junia, “teremos nos próximos dez anos uma série de acontecimentos que vão impactar positivamente os números da Líder. O mercado de óleo e gás está em expansão, com a possibilidade de exploração na Margem Equatorial. Teremos novas entregas do Hondajet Elite II e parte das cartas de intenção para compra do Hondajet Echelon deve resultar em negócios efetivos, com entregas a partir de 2030. Haverá a consolidação das novas bases de Campo de Marte e Congonhas e da expansão de Sorocaba, inauguradas em janeiro. E vamos seguir investindo no nosso projeto de inteligência artificial, em desenvolvimento interno, que vai reduzir custos e aumentar capacidade de produtividade e atendimentos em todas as unidades”.
Sobre a Líder Aviação