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Cozinheiras premiadas de escolas estaduais se encontram com Olivier Anquier e Gil Gondim


Profissionais participaram do primeiro concurso de receitas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo; em encontro com chefs nesta última sexta-feira (4) eles aprenderam receitas com ingredientes da alimentação escolar


Por Sacso Brasil  

05/04/2025 10h13 - Atualizado em 05/04/2025 10h17



Crédito: Divulgação


Cozinheiras premiadas no primeiro Concurso de Receitas Escolares da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) se encontraram nesta última sexta-feira (4) com os chefs de cozinha Olivier Anquier e Gil Gondim. No encontro, que integra um pacote de reconhecimento das receitas mais bem avaliadas do estado, as equipes dos 10 melhores preparos aprenderam a criar novos pratos com os ingredientes disponíveis na alimentação escolar e que também integraram o desafio do concurso.

 

As profissionais tiveram acesso aos preparos de pratos como quibe de abóbora com cebola caramelizada, “pão de beijo” de batata doce recheado com purê de atum e abacate, pernil de panela com tempurá de quiabo e berinjela, pera cozida no suco de tangerina ao creme de banana com cacau e bolo cuca de frutas. 

 

As receitas foram ensinadas pela chef Gil Gondim. As cozinheiras também tiveram um bate-papo com o chef Olivier Anquier. “Nunca achei que teria uma conversa com um cozinheiro que acompanho pela TV há tanto tempo, lembro dele até nas novelas”, conta Louriana Eliete de Barros Antônio, cozinheira da Escola Estadual Sebastiana Muniz Paiva, da cidade de Iguape.



Crédito: Divulgação


‘Cozinha raiz’

 

A receita premiada de Louriana Eliete de Barros Antônio é uma retomada de suas origens na cozinha que conquistou os estudantes da escola de Iguape. “Quando recebemos a canjiquinha, ficamos pensando como poderíamos fazer uma receita que tivesse aceitação dos estudantes, já que este não é um ingrediente tão frequente em suas casas. Foi aí que lembrei de uma receita da minha avó Deolinda quando morávamos em um sítio onde ela criava porcos e assim criei a ‘canjiquinha caiçara’, o nome da minha receita que está entre as vencedoras do concurso”, conta Louriana.

 

A receita da “canjiquinha caiçara” leva canjica, carne de porco, temperos naturais como cebola e alho, tomate, pimentão e o segredo por trás das receitas de Louriana: “o amor que tenho por cozinhar”. O amor pela cozinha tem levado Louriana a conquistar seus sonhos. Há oito anos na escola Sebastiana, ela começou a trabalhar na unidade de ensino na equipe de limpeza. Há quatro anos, surgiu a oportunidade de ser contratada para a cozinha, que ela comanda sozinha. “Eu adoro cozinhar, é aqui que eu me encontro”, diz.

 

Além da canjica, também fazem sucesso entre os estudantes outras criações dentro da cozinha com os ingredientes da alimentação escolar, o seu arroz doce, pernil ao forno e estrogonofe. “Eu não esperava que algo que faço como se fosse um hobby, que é cozinhar para esses estudantes, fosse reconhecido dessa forma, com um concurso. Eu adorei o desafio e estou empolgada pelo encontro com os chefs, só esperando a data de ir para São Paulo”, avisa.

 

A representante da capital entre as 10 melhores receitas, a cozinheira Bianca de Carvalho também trouxe uma receita familiar para a competição: a torta de cebola da Guima. Responsável pelas refeições da Escola Estadual Professora Amenaide Braga de Queiroz, da zona norte da capital paulista, ela recebeu a dica de receita da agente de organização escolar que atua na secretaria da escola, a Mônica Guima, que sugeriu o preparo que era feito pela sua avó e virou tradição em toda a família. “Os alunos gostaram tanto dessa receita que ela passou a integrar o cardápio da escola pelo menos uma vez por mês”, relata Bianca.

 

A cozinheira exalta o concurso de cozinheiras da Educação. “Eu achei uma grande oportunidade que a Secretaria está dando para mostrar o trabalho de nós, cozinheiras, que ficamos mais escondidas na escola. Fiquei muito feliz e emocionada pela premiação e por estar entre as 10 que tiveram esse encontro com os chefs, porque a escola, as crianças e todo mundo aqui se mobilizou e me apoiou para que eu conseguisse ser premiada no concurso”, finaliza Bianca.

 

Além do encontro com os chefs para as 10 primeiras colocadas, a Secretaria da Educação já organizou uma premiação anterior com 83 equipes dos melhores preparos e todos eles integrarão um e-book de receitas escolares que será compartilhado com toda a rede e poderá ser acessado pela população.

 

Comida saudável

 

Nos últimos anos, a equipe de nutrição da Secretaria da Educação deu início e concluiu o processo de retirada de alimentos enlatados nas refeições e ampliou a oferta de frutas aos estudantes.

 

Atualmente, a alimentação escolar do estado é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados. As carnes e frangos distribuídos são congelados. Até mesmo o atum, que antes era adquirido em latas com tamanhos maiores que as encontradas no mercado, hoje é entregue à rede em formato de pouch, uma embalagem que preserva melhor o sabor e a qualidade do peixe. 



Crédito: Divulgação