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Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro celebra o Abril Indígena com mostra inédita que destaca a força do cinema indígena no Brasil
 

“Cosmologias da Imagem: Cinemas de Realização Indígena” reúne uma instigante filmografia que vem se constituindo e se consolidando no Brasil nas últimas décadas

 

De 16 de abril a 12 de maio de 2025. Entrada franca.


Por Sacso Brasil  

10/04/2025 19h35 - Atualizado em 10/04/2025 19h40



Crédito: Divulgação


O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro recebe, de 16 de abril a 12 de maio, uma mostra inédita que promete transformar a percepção do cinema realizado hoje no Brasil. "Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena" é organizada pela produtora Filmes de Quintal, coordenada pela antropóloga e documentarista Júnia Torres, que também assina a curadoria com a cineasta e artista visual Olinda Tupinambá, e tem produção executiva de Tatiana Mitre, da Amarillo Produções. A iniciativa conta com o patrocínio do Banco do Brasil.

 

"Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena" apresenta uma retrospectiva de obras produzidas por cineastas indígenas no Brasil, entre 2011 e 2024, que vêm renovando a linguagem documental. A programação é protagonizada por cineastas e realizadores de diversos povos, reunindo uma filmografia inovadora, embora ainda dispersa, que se constituiu ao longo das últimas duas décadas e está reunida aqui de forma inédita. A mostra reflete sobre a identidade e a ancestralidade brasileiras, ampliando o acesso a narrativas expressas por meio da cinematografia de cineastas originários de várias regiões e povos.

 

O Brasil conta hoje com 305 etnias indígenas identificadas, cada qual com sua própria cosmologia e visão de mundo, que, em parte, vêm sendo representadas cinematograficamente. A curadoria da mostra procurou destacar a diversidade de formas, propostas fílmicas e temáticas presentes na filmografia contemporânea dos cinemas indígenas no Brasil. Os filmes vão desde documentários, filmes-rituais, passando por filmes híbridos (que misturam documentação e encenação da vida cotidiana, da história e da cosmologia), vídeo-performances e clipes musicais apresentando realizações que muitas vezes escapam às definições e gêneros do cinema tradicional, propondo novas formas de construção narrativa.

 

A retrospectiva destaca obras que, através de suas próprias narrativas, redefinem os protagonismos autorais e a linguagem cinematográfica no país. Esta iniciativa visa ampliar a visibilidade do movimento contemporâneo de cineastas e artistas indígenas que, nas palavras de Ailton Krenak, estão "demarcando as telas com um novíssimo cinema brasileiro".

 

Serão exibidos 33 filmes - 12 longas e 21 médias e curtas-metragens -, organizados em cinco eixos temáticos que exploram diferentes aspectos do cinema indígena: Terra e Território: Brasil é Terra Indígena; Direito à Diferença: Nosso Modo de Vida, Nossas Festas, Nossos Rituais; Fluidez da Forma: Encenações e Performance nos Cinemas Indígenas; Cinemas da Floresta, do Sonho e da Luta e Para Adiar o Fim do Mundo. Além das exibições, estão programadas atividades complementares como a mesa-redonda "Retomada e transformação nos cinemas e nas artes indígenas", com as curadoras Júnia Torres e Olinda Tupinambá e o cineasta indígena Guarani Nhandewa Alberto Alvares.


Também haverá uma sessão comentada do premiado filme "Yvy Pyte - Coração da Terra", dirigido por Alberto Alvares e José Cury. A sessão de abertura (16/04) será com uma sessão comentada pela diretora de Artes Visuais da Funarte, pesquisadora e curadora indígena Sandra Benites de “Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali. O longa-metragem conquistou, entre outros, os prêmios de Melhor Filme da Competição Internacional e Menção Honrosa do Prêmio Tim Hetherington, do Sheffield DocFest 2021; de Melhor Longa - Mostra Olhos Livres, da Mostra de Cinema de Tiradentes 2021; e de Melhor Documentário, no FIFER - Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife 2021.

 

“Acredito que o cinema indígena apresenta um olhar de descolonização à imagem dos indígenas. E, assim como é extremamente importante que os povos possam fazer seus próprios filmes, é importante pensar em distribuir essas produções, pois só assim teremos a possibilidade de fortalecer o cinema nacional feito pelos povos indígenas”, comenta a curadora Olinda Tupinambá

 

Povos e Regiões Representados 


A mostra apresenta obras de cineastas e coletivos indígenas de povos como Maxakali/Tikmũ’ũn (MG), Kuikuro (MT/Xingu) Yanomami (AM e RO), Mbya-Guarani (RS e SP), Guarani Nhandeva (MS), Tupinambá (SP e BA), Karapotó (AL), Awa Guajá/Tentehara/Guajajara (MA), Huni Kuin (AC), Xakriabá (MG), Mebêngôkre-Kayapó (PA), Baniwa (AM), Krahô (TO), Xavante (MT), Tupi (SP), Fulni-ô (PE) e Kaiabi (MT).

 

"Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena" não apenas celebra a diversidade cultural do Brasil, mas também oferece uma oportunidade única para o público explorar novas perspectivas e experiências através do poder transformador do cinema indígena. Esta mostra é um convite para mergulhar em narrativas decoloniais que iluminam e enriquecem a compreensão da identidade nacional contemporânea.

 

“O foco da mostra está no poder transformador do audiovisual indígena, capaz de reconstruir nossa autoimagem como uma nação pluriétnica e de construir uma identidade contemporânea inclusiva, protagonizada por novos atores sociais e artísticos através da auto-representação. As obras selecionadas reconfiguram significativamente a linguagem do cinema documental ao registrar práticas, representações e narrativas dos povos indígenas, onde o corpo, os rituais, gestos, a floresta, o ambiente natural e seus habitantes assumem papel central na construção visual e sonora”, comenta a curadora Júnia Torres.

 

Para mais informações sobre a programação completa visite o site bb.com.br/cultura. A entrada é gratuita. Os ingressos podem ser retirados a partir das 9h, no dia da sessão, no site ou na bilheteria do CCBB RJ.


           




Sobre o CCBB RJ


Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro marca o início do investimento do Banco do Brasil em cultura. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, é um marco da revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. São 35 anos ampliando a conexão dos brasileiros com a cultura com uma programação relevante, diversa e regular nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e ideias.


Quando a cultura gera conexão ela inspira, sensibiliza, gera repertório, promove o pensamento crítico e tem o poder de impactar vidas. A cultura transforma o Brasil e os brasileiros e o CCBB promove o acesso às produções culturais nacionais e internacionais de maneira simples, inclusiva, com identificação e representatividade que celebram a pluralidade das manifestações culturais e a inovação que a sociedade manifesta. Acessível, contemporâneo, acolhedor, surpreendente: pra tudo que você imaginar. 

 

Programação CCBB RJ


Disponível também em bb.com.br/cultura

 

Dia 16/04 (quarta):

- 18h-  Sessão de abertura com apresentação da curadora Júnia Torres

Programa Maxakali: Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70 min, livre) 

 

Dia 17/04 (quinta):

- 16h – Programa Xakriabá e Tentehara/Guajajara

ATL - Acampamento Terra Livre (de Edgar Kanaykõ, 17 min, livre) 

ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta (de Jocy Guajajara, 50 min, livre) 

 

- 18h - Programa Kuikuro

As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)

 

Dia 18/04 (sexta):

- 16h - Programa Guarani e Kaiowá

Ava Yvy Pyte Ygua - Povo do Coração da Terra (de Coletivo Guahu'i Guyra, 39 min, livre)

Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes, Edna Ximenes, 52 min, livre)

 

- 18h - Programa Krahô

Ketwajê (de Mentuwajê Guardiões da Cultura - Krahô e Coletivo Beture - Mebêngôkre-Kayapó, 77 min, livre)

 

Dia 19/04 (sábado):

-14h - Programa Kuikuro

As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)

 

- 16h - Programa Kaiabi e Huni Kuin

Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre) 

Sigyjat - A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)

 

- 18h - Programa Maxakali

Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)

 

Dia 20/04 (domingo):

- 16h - Programa Yanomami

Yuri uxëatima thë - A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)

Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)  

Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë  (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre) 

Karemona (de Romeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre) 

Hekura (de Núcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)

 

- 18h - Programa Guarani Nhandeva

 Yvy Pyte - Coração da Terra (Alberto Alvares e José Cury, 110’, 2023)

 

21/04 (segunda):

- 18h - Programa Baniwa, Tupi, Guarani Mbya, Tupinambá

Drill de Kaysara, o Filme (de Wescritor, 6 min, livre)

Tupinambá na Baixada Santista

P

 (de Wescritor, 6 min, livre)

Os Sonhos Guiam (de Natália Tupi, 20 min, livre)

“Aguyjevete Avaxi’i” (Kerexu Martin, 21 min, livre)

"Bakish Rao: plantas en lucha" (de Denilson Baniwa e Comando Matico, 30 min, livre)

 

Dia 23/04 (quarta):

- 18h - Programa Mbya Guarani

Tava, A Casa de Pedra (de Pará Yxapy, Ariel Kuaray Ortega, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 78 min, livre) 

 

Dia 24/04 (quinta):

- 16h - Programa Fulni-ô e Xavante 

Wadja (de Narriman Kauane, 28 min, livre)

 

 Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura? (de Divino Tserewahú, 53 min, livre)   

 

- 18h - Programa Karapotó e Tupinambá

O verbo se fez carne (de Ziel Karapotó, 7 min, livre) 

Kaapora, o chamado das matas (de Olinda Tupinambá, 20 min, 14 anos)

Ibirapema (de Olinda Tupinambá, 50 min, livre) 

 

Dia 25/04 (sexta):

- às 16h - Programa Mbya Guarani 

Bicicletas de Nhanderu (de Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48 min, livre)

 

- 18h30 - Mesa Redonda: “Retomada e transformação nos cinemas e nas artes indígenas”, com as cineastas Patrícia Ferreira Pará Yxapy (RS), Olinda Tupinambá (BA) e Alberto Alvares (MS/RJ). Mediação de Júnia Torres (curadora).

 

Dia 26/04 (sábado):

- 16h - Programa Maxakali

Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)

 

- 17h30 - Programa Mbya Guarani

A Transformação de Canuto (de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, 130 min, 14 anos)

 

Dia 27/04 (domingo):

 às 16h - Programa Kuikuro

As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)

 

- às 18h - Programa Kaiabi e Huni Kuin

Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre) 

Sigyjat - A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)

 

Dia 28/04 (segunda):

- 18h -  Programa Xakriabá e Tentehara/Guajajara

ATL - Acampamento Terra Livre (de Edgar Kanaykõ, 17 min, livre) 

ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta (de Jocy Guajajara, 50 min, livre) 

 

Dia 30/04 (quarta):

- 18h - Programa Mebêngôkre-

Kayapó

 Tuíre Kayapó - O gesto do facão (Coletivo Beture | Patkore Kayapó e Simone Giovine, 10’) Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej A Chegada dos Mêbengôkre na Terra (Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe, Simone Giovine, 10’) Menire djapej - o trabalho das mulheres (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmô Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó, 9’) Menire djê (Bepunu Kayapó, 14’) Ngoko’ohn (Beptemexti Kayapó, 33’)

 

Dia 01/05 (quinta):

- 16h - Programa Kaiabi e Huni Kuin

Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre) 

Sigyjat - A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)

 

- 18h - Programa Guarani e Kaiowa 

Ava Yvy Pyte Ygua - Povo do Coração da Terra (de Coletivo Guahu'i Guyra, 39 min, livre)

Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes, Edna Ximenes, 52 min, livre)

 

Dia 02/05 (sexta):

- 16h - Programa Maxakali

Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)

 

Dia 03/05 (sábado):

- 16h - Programa Maxakali

 Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70’)

 

- 18h - Programa Yanomami

Yuri uxëatima thë - A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)

Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)  

Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë  (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre) 

Karemona (de Romeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre) 

Hekura (de Núcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)

 

Dia 04/05 (domingo):

- 16h - Programa Mbya Guarani 

Bicicletas de Nhanderu (Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48')

 

- 17h - Programa Guarani Nhandeva

Yvy Pyte - Coração da Terra (de Alberto Alvares e José Cury, 110 min, livre) 

 

Dia 05/05 (segunda):

 - 18h - Programa Krahô

Ketwajê (de Mentuwajê Guardiões da Cultura - Krahô e Coletivo Beture - Mebêngôkre-Kayapó, 77 min, livre)

 

Dia 07/05 (quarta):

- 18h- Programa Mbya Guarani

Tava, A Casa de Pedra (de Patricia Ferreira /Para Yxapy, Ariel Kuaray Ortega, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 78 min, livre) 

 

Dia 08/05 (quinta):

- 16h - Programa Mebêngôkre-

Kayapó

 Tuíre Kayapó - O gesto do facão (Coletivo Beture | Patkore Kayapó e Simone Giovine, 10’) Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej A Chegada dos Mêbengôkre na Terra (Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe, Simone Giovine, 10’) Menire djapej - o trabalho das mulheres (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmô Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó, 9’) Menire djê (Bepunu Kayapó, 14’) Ngoko’ohn (Beptemexti Kayapó, 33’)

 

- 18h - Programa Fulni-ô e Xavante 

Wadja (de Narriman Kauane, 28 min, livre)

Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura? (de Divino Tserewahú, 53 min, livre) 

 

Dia 09/05 (sexta):

- 16h - Programa Maxakali

Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70 min, livre) 

 

Dia 10/05 (sábado):

- 16h - Programa Mbya Guarani 

Bicicletas de Nhanderu (de Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48 min, livre)

 

- 17h30 - Programa Guarani Nhandeva

Yvy Pyte - Coração da Terra (de Alberto Alvares e José Cury, 110 min, livre)

 

Dia 11/05 (domingo):

-16h- Programa Tupinambá

Kaapora, o chamado das matas (de Olinda Tupinambá, 20 min, livre)

Ibirapema (de Olinda Tupinambá, 50 min, 14 anos) 

 

- 17h30Programa Mbya Guarani

 A Transformação de Canuto (de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, 130 min, livre)

[Acessibilidade – Legenda descritiva]

 

Dia 12/05 (segunda):

- 18h - Programa Yanomami 

Yuri uxëatima thë - A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)

Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)  

Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë  (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre) 

Karemona (de Romeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre) 

Hekura (de Núcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)


           

Sinopses dos filmes organizados tematicamente:

 

TERRA E TERRITÓRIO: BRASIL É TERRA INDÍGENA

 

Tava, A Casa de Pedra

Rio Grande do Sul, 78’, 2012

Direção: Vincent Carelli, Patricia Ferreira (Yxapy), Ariel Duarte Ortega, Ernesto Ignacio de Carvalho.

Memória, mito e história Mbya-Guarani sobre as reduções jesuíticas e a guerra guaranítica do século XVII no Brasil, Paraguai e Argentina.

 

Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio

Mato Grosso do Sul,  52', 2016

Direção: Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes, Edna Ximenes.

Invenção formal com conteúdo de denúncia, o filme nos ensina sobre resistência e vida nas retomadas no Mato Grosso do Sul, mostrando uma outra forma do cinema se relacionar com a terra e com os elementos cósmicos. Exibido no DocLisboa em 2018, foi destaque também em festivais brasileiros por sua linguagem cinematográfica inteiramente aberta ao modo de ser (nhanderekô) e de se documentar Kaiowa-Guarani. Premiado pelo Júri Jovem e pelo Júri Oficial do VIII Cachoeira.Doc como melhor filme.

 

ATL – Acampamento Terra Livre

Minas Gerais, 17', 2017

Direção: Edgar Kanaykõ

Em abril de 2017, em Brasília, povos indígenas de todos as regiões do país e das mais diversas etnias reuniram milhares de lideranças no maior Acampamento Terra Livre da história exigindo seus direitos, que têm sido sistematicamente vilipendiados.

 

ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta

Maranhão, 50', 2018

Direção: Jocy Guajajara

O filme apresenta de dentro, com intensa proximidade, as atividades dos Guardiões da Floresta, grupo que defende este território com a própria vida (em sentido literal) e com as suas câmeras. Um filme de ação real e suspense, no qual a câmera, para além do cinema direto, adquire novos usos e é tornada mecanismo de vigilância, aliada imprescindível do grupo em suas ações de defesa. Não é uma câmera que caça, um clássico do cinema, mas uma câmera que defende: o território, os indígenas, o que resta da floresta, todos nós. O filme abriu o festival Autres Brésils, na França em 2020.

 

Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa terra é nossa!

Minas Gerais, 70’, 2020

Direção: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero

Antigamente, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos espíritos yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Hoje, as nossas árvores compridas acabaram, os brancos nos cercaram e a nossa terra é pequenininha. Mas os nossos yãmĩyxop são muito fortes e nos ensinaram as histórias e os cantos dos antigos que andaram por aqui.

 

Yvy Pyte - Coração da Terra  

Mato Grosso do Sul/Paraguai, 110', 2023

Direção: Alberto Alvares e Guilherme Cury

Em "Yvy Pyte", Alberto Alvares e José Cury traçam um percurso cinematográfico entre terras Guarani, desfazendo fronteiras físicas e simbólicas. O filme, entrelaçando sonhos, cantos e caminhos, revela a busca coletiva pelo tekoha, desafiando as imposições coloniais e revelando a ligação profunda entre espiritualidade, terra e liberdade. Palavras, cânticos e imagens aéreas costuram uma narrativa poética que desdobra a resistência Guarani e recria um mapa contra-colonial.

 

Ava Yvy Pyte Ygua - Povo do Coração da Terra

Mato Grosso do Sul, 39', 2024

Direção: Coletivo Guahu'i Guyra

Um canto sagrado que protege a terra com os raios que contam sua própria história do começo da terra, uma história contada pelas pessoas que nasceram no coração da terra.

 

“DIREITO À DIFERENÇA: NOSSO MODO DE VIDA, NOSSAS FESTAS, NOSSOS RITUAIS”

 

Bicicletas de Nhanderu

Rio Grande do Sul, 48’, 2011

Direção: Kuaray Poty (Ariel Ortega), Pará Yxapy (Patrícia Ferreira) Uma imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbyá-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.

 

As Hiper Mulheres

Mato Grosso, Xingu, 79’, 2011

Direção: Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

 

Yãmiyhex, as mulheres espírito

Minas Gerais, 76’, 2019

Direção: Sueli Maxakali e Isael Maxakali

As yãmĩyhex, mulheres-espírito, se preparam para partir após passar um tempo na Aldeia Verde. Há os preparativos da grande festa de despedida. Elas se vão, mas sempre voltam com saudades de pais e mães. Sueli é uma das primeiras mulheres indígenas cineastas no Brasil. Seus filmes co-realizados com Isael Maxakali, foram premiados em diversos festivais e destacados pela crítica. Em Yãmiyhex temos a chance de acompanhar o raro ritual das mulheres-espírito na Aldeia Verde, ritual que reviveu pela proposta do filme. Prêmio Olhos Livres na Mostra de Cinema de Tiradentes em 2020.

 

Sigyjat - A Pesca de Timbó

Mato Grosso, Xingu, 52', 2023

Direção: Aruti Kaiabi, Ewa Kaiabi, Juirua Kaiabi, Kujãesage Kaiabi,

Mairiwata Kaiabi, Reai'i Kaiabi, Reiria Kaiabi, Rywa Kaiabi, Ukaraiup

Kaiabi, Urukari Kaiabi e Wyiry Kaiabi

Na época da seca, nós, os Kaiabi da aldeia Guarujá, nos reunimos para

fazer a pescaria do timbó. É uma pescaria coletiva que tem regras e

cuidados, mas é muito alegre e divertida e garante muito peixe para as

famílias.

 

Rami Rami Kirani

Acre, 33min, 2023

Direção: Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui

Até pouco tempo, as mulheres Huni Kuin não podiam consagrar e preparar o Nixi Pae (ayahuasca), apenas os homens conheciam o poder dessa medicina. Um filme sobre os aprendizados, as transformações e a força da ayahuasca através das mulheres Huni Kuin.

 

Ketwajê

Tocantins, 2023, 77’

Mentuwajê Guardiões da Cultura - Krahô e Coletivo Beture - Mebêngôkre-Kayapó

Mentuwajê Guardiões da Cultura (grupo de jovens cineastas Krahô) convidam o Coletivo Beture (Mebêngôkre-Kayapó) para visitar a sua aldeia e acompanhar a festa de Kêtwajê – um importante ritual de iniciação que não acontecia há dez anos. Durante vários dias, crianças e adolescentes passam por várias "provas" para se transformarem em adultos guerreiros, perante o olhar atento e compartilhado entre os cineastas locais e os convidados Mebêngôkre-Kayapó.

 

“A FLUIDEZ DA FORMA”: TRANSFORMAÇÃO, ENCENAÇÃO E PERFORMANCE

 

O verbo se fez carne

Alagoas, 6 min, 2019

Direção: Ziel Karapotó

Curta experimental que apresenta a perspectiva da contracolonização por meio de uma sofisticada performance do artista e diretor do povo Karapotó, o jovem Ziel, que alia artes visuais e cinema ao colocar seu corpo em cena para tornar presentes os macro-processos civilizatórios e os choques culturais que provocam. O filme tem uma ousadia formal marcante e foi exibido em importantes festivais de cinema do Brasil desde seu lançamento.

 

Kaapora, o chamado das matas

Bahia, 20', 2020

Direção: Olinda Muniz Wanderley (Yawar/Tupinambá)

Uma narrativa da ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade, do ponto de vista da indígena Olinda, que desenvolve projeto de recuperação ambiental nas terras de seu povo. Tendo a cosmovisão indígena como lente, a Kaapora e outros personagens espirituais são a linha central da narrativa e argumento do filme. PRÊMIOS: III FFEP – Festival do Filme Etnográfico do Pará – Melhor Curta Metragem da Mostra competitiva Divino Tserewahú; 12º Cinefantasy – Menção Honrosa da Mostra Competitiva Brasil Fantástico.

 

Ibirapema

Bahia, 50’, 2022

Direção: Olinda Muniz - Yawar Tupinambá,

Viajando entre o mundo mítico e o mundo cotidiano, Ibirapema, uma indígena Tupinambá, se transmuta e percorre o espaço e o tempo, dialogando, por onde passa, com o mundo da arte ocidental, com a cidade e seus espaços de concreto e florestas domesticadas.

 

A Transformação de Canuto

Rio Grande do Sul, 130’, 2023

Direção: Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

Em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que muitos anos atrás sofreu a temida transformação em uma onça e depois morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história. Por que isso aconteceu com ele? Mas, mais importante, quem na aldeia deveria interpretar o seu papel?

 

Tupinambá na Baixada Santista

São Paulo, 6’, 2022

Direção: Wescritor

Mini-documentário musical, em formato de clipe de rap, realizado pelo grupo Wescritor, artistas tupinambá da Baixada Santista.

 

Drill de Kaysara, o Filme

São Paulo, 6’, 2024

Direção: Wescritor

Mini-documentário musical, em formato de clipe de rap, realizado pelo grupo Wescritor, artistas tupinambá da Baixada Santista.

 

“CINEMAS DA FLORESTA, DO SONHO E DE LUTA”

 

Hekura

Amazonas, 25' 2018

Direção: Núcleo de Audiovisual Xapono Yanomami (NAX).

Registro do encontro de xamãs das comunidades yanomami do Rio Marauiá.

 

Karemona

Amazonas, 13’, 2019

Direção: Romeu Iximawëteri Yanomami / Núcleo Audiovisual Xapono – NAX, Crianças Yanomami mostram como buscar os frutos de karemona na floresta para saborear e fazer pequenas flautas.

 

Mãri hi – A árvore dos sonhos

Roraima, 17', 2023

Direção: Morzaniel Ɨramari Yanomami,

Quando as flores da árvore Mãri desabrocham surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta.

 

Yuri uxëatima thë - A Pesca com Timbó

Roraima,15’, 2023

Direção: Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami

Primeiros filmes dirigidos e filmados por mulheres Yanomami

Programa Coletivo Beture

 

Ngoko’ohn 

Pará, 2020, 32’ 25’’

Direção:Beptemexti Kayapó

A comunidade da aldeia mãe Kubenkrãkej se organiza para realizar o ritual de Ngoko 'ohn, a tradicional batida do timbó.

 

Menire djê

Pará, 2021, 13’ 49’’

Direção: Bepunu Kayapó

Uma mulher colhe e prepara o jenipapo, faz a tintura e pinta sua filha com os grafismos que domina. Fala sobre as pinturas e a beleza mebêngôkre.

Dois jovens realizadores Yanomami descrevem o processo de pesca com timbó, cipó tradicionalmente empregado para atordoar os peixes. O encontro de vozes e perspectivas sugere o reencantamento das imagens como forma de contar histórias.

 

Menire djapej - o trabalho das mulheres

Pará, 2022, 8'30''

Direção: Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmô Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó

Três mulheres vão para a roça apanhar batata e retornam para a aldeia. O filme acompanha a coleta e o preparo do alimento tradicional kayapó. Aldeia Wani Wani T.I. Capoto Jarina.

 

Thuë pihi kuuwi - Uma Mulher Pensando

Roraima,15’, 2023

Direção: Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami

Primeiros filmes dirigidos e filmados por mulheres Yanomami

Uma mulher yanomami observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos. A partir da narrativa de uma jovem mulher indígena, a Yãkoana que alimenta os Xapiri e permite aos xamãs adentrarem o mundo dos espíritos também propõe um encontro de perspectivas e imaginações.

 

Tuíre Kayapó - O gesto do facão

Pará, 09’ 37’’, 2023

Direção: Coletivo Beture | Patkore Kayapó e Simone Giovine,

A guerreira Tuire relata para o neto Patkore detalhes sobre o lendário gesto do facão na mobilização contra a Eletronorte, em Altamira (PA), no ano de 1989.

 

Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej | A Chegada dos Mêbengôkre na Terra

Mato Grosso, 2024, 9'30

Direção: Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe, Simone Giovine

O cacique Raoni conta aos jovens cineastas Kayapó a história da chegada dos Mebêngôkré na terra, repassada de geração em geração desde os tempos dos antigos.

 

“PARA ADIAR O FIM DO MUNDO”

 

Aguyjevete, Avaxi’i

São Paulo, 21’, 2023

Direção: Kerexu Martin

Uma celebração da retomada do plantio das variedades do milho tradicional do povo Guarani M’bya na aldeia Kalipety, onde antes havia uma área seca e degradada, consequência de décadas de monocultura de eucalipto.

 

"Bakish Rao: plantas en lucha"

Amazonas e Peru, 30’, 2024

Direção: Denilson Baniwa e Comando Matico

 

Curta-metragem de ficção científica realizado pelo coletivo de artistas Comando Matico, do povo Shipibo Conibo (Amazônia peruana), e pelo artista Denilson Baniwa (Amazônia brasileira). O filme especula sobre o futuro do planeta Terra sob a perspectiva das plantas, propondo uma especulação entre diferentes espécies para discutir formas de resistência à monocultura, à hierarquização entre formas de vida e à homogeneização ecológica e do pensamento.

 

Os Sonhos Guiam

São Paulo, 20’, 2023

Direção: Natália Tupi

Para o povo Guarani Mbya, os sonhos são como se fossem portais para tudo aquilo que não vivemos no mundo físico. Este filme retrata algumas das experiências espirituais e sensoriais do jovem líder indígena Mateus Wera, morador da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. Os sonhos compartilhados são a conexão entre ele e o irmão, Karaí Poty, e entrelaçam os caminhos da vida do cacique nas lutas atuais do seu povo.

 

Wadja

Pernambuco, 28’, 2024

Direção: Narriman Kauane

O documentário biográfico conta a vida e carreira de Marilena Araújo, Wadja, mulher indígena, defensora das causas indígenas, da cultura e fundadora da Escola Bilíngue Antônio José Moreira. Apresenta a sua atuação pioneira na educação indígena e no ensino didático da língua materna do povo Fulni-ô, o Yaathe.

 

Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura?

Mato Grosso, 53', 2021

Direção: Divino Tserewahú

Narrado em primeira pessoa por Divino Tserewahú, o filme destaca a luta de sua aldeia, Sangradouro, ao leste de Mato Grosso, para sobreviver à trágica epidemia. Através de materiais de arquivo e imagens captadas por Divino durante a pandemia, o filme procura relacionar um passado traumático com a realidade da Covid-19 nas aldeias Xavante. Filme premiado no forumdoc.bh.2022 como Melhor Documentário da Mostra Contemporânea Brasileira.

           

           

“Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena"

De 16 de abril a 12 de maio de 2025

33 filmes, incluindo 12 longas e 21 médias e curtas-metragens, organizados em 17 programas e 5 eixos temáticos distintos: Terra e Território: Brasil é Terra Indígena; Direito à Diferença: Nosso Modo de Vida, Nossas Festas, Nossos Rituais; Fluidez da Forma: Encenações e Performance nos Cinemas Indígenas; Cinemas da Floresta, do Sonho e da Luta e Para Adiar o Fim do Mundo.


Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ)

Rua Primeiro de Março, 66, Centro – Rio de Janeiro / RJ

Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br

Sala de Cinema 1

Entrada franca. Ingressos disponibilizados às 9h do dia da sessão na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura.


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