OU

Andei pensando esses dias em escolhas, na dualidade das coisas, em decisões e cheguei à conclusão de que tudo seria mais fácil se não houvesse o ou.

É o ou o grande problema da humanidade, afinal quando ele aparece é preciso uma decisão mesmo que não se tenha as respostas.

Imediatamente me vieram muitos ous do dia-a-dia.

O que é melhor?

O beijo roubado ou o sorriso arrancado?

A pizza ou o hambúrguer?

A lágrima de alívio ou o riso contagiante?

O que incomoda mais?

A dúvida ou a certeza ruim?

A dor ou o medo?

O que dá mais prazer?

A vingança ou o abraço?

É mais fácil se lembrar dos bons que passam ou dos ruins que ficam?

Dos amores perdidos ou dos amigos conquistados?

O que é melhor para ao progresso pessoal?

A intuição ou o conhecimento?

A experiência ou a disposição?

As memórias ou a esperança?

A gratidão ou a ambição?

Em qual situação se tira mais lições?

Na paz ou na turbulência?

Na fé ou no amor?

Com gestos ou com palavras?

O que chama mais a atenção?

Histórias de estranhos ou estranhas histórias?

O que mais representa a arte?

A tragédia ou a comédia?

O que faz mais sentido?

Aprender ou ter o que ensinar?

O silêncio ou luz?

O que dói mais?

Perder ou deixar de ganhar?

Esses pensamentos me perturbaram e quase fizeram que eu entrasse em briga comigo mesmo, mas logo outros ous surgiram

Será que sou burro ou sou paranóico?

Ganhar a briga ou perder a razão?



Sem respostas decidi parar de pensar nisso e relaxar, só não sei se eu quero lagartear ao sol ou sombra e água fresca.

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